A melancolia – em grego
‘bílis negro’ – caracteriza-se por ser um estado mental depressivo sem uma
causa definida, deixando a pessoa em um estado de tristeza e apatia contínua.
Assim como a depressão ela também apresenta sintomas como à falta de ânimo e de
energia para realizar determinadas ações, nada ao seu redor ou nenhum
acontecimento traz prazer ou alegria, a vida deixa de ter interesse.
Sigmund Freud, o pai da
psicanálise, definia a melancolia como um árduo estado de desânimo, de desinteresse
pelas coisas do mundo, incapacidade de amar, contenção na realização de
qualquer tarefa, baixa gradual da auto-estima, até alcançar um patamar de
desejo de uma punição. O problema na identificação da melancolia é que ela se
manifesta de diversas formas, dificultando seu enquadramento em um bloco único.
Segundo a classificação do DSM (Manual
de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais) IV para o diagnóstico de
melancolia são necessários:
A. Pelo menos um dos dois
- falta de prazer nas atividades diárias;
- desânimo como reação a um estimulo agradável que em geral causaria prazer;
B. Pelo
menos três dos seguintes
- a falta de prazer e o desanimo não estão relacionadas a um fato real que causaria tristeza natural (como no caso da morte de um próximo);
- a depressão é agravada na parte da manhã;
- o despertar é adiantado pelo menos em duas horas em comparação ao usual;
- profunda agitação psicomotora ou languidez intensa;
- perda de peso significante ou anorexia;
- sentimento de culpa constante e inapropriado.
Como
forma de tratamento, recomenda-se o uso de medicamentos, associado à
psicoterapia e exercícios físicos. Os primeiros antidepressivos traziam muitos
efeitos colaterais e até hoje a medicação deve ser acompanhada com cuidado e
sempre pelo médico.
Atualmente,
novos estudos e descobertas fazem com que medicamentos atuem de forma mais
segura nos diversos tipos de depressão. Uma das substâncias mais adequadas, em
especial nos casos de depressão melancólica, é a mirtazapina, que não tem
efeitos colaterais importantes, pode ser associada a outros medicamentos
(inclusive outros antidepressivos), não afeta a libido, nem o coração, com bom desempenho
na recuperação do apetite e na melhora do sono.
É
uma doença relativamente fácil de tratar, podendo ser, inclusive, bem
controlada, desde que haja diagnóstico rápido e efetivo da doença. Para isso, o
apoio familiar é muito importante, até para a percepção dos sintomas, já que
exames clínicos normais não acusam o problema.
Prevenção
A
primeira coisa é apelar para o bom-senso. Não há uma receita básica, mas todos
podemos contar com o bom-senso para conseguir uma qualidade de vida
satisfatória. Depois, é preciso desenvolver a capacidade de enfrentar e resolver
problemas, dificuldades e conflitos. Tanto isso é possível que apenas 18% da
população apresenta quadros depressivos ao longo da vida. Problemas todos
temos. É necessário, dentro das possibilidades, aprender a lidar com eles e a
não deixar que nos abalem demais.
Orientações
- A família e o paciente devem ser orientados quanto o que está sendo feito, que riscos correm os doentes, os benefícios do tratamento e o prognóstico a longo prazo. Acima de tudo, é preciso vencer o medo. De modo geral, os doentes e suas famílias têm medo da doença mental, da loucura. Abordados esses temas, consegue-se melhorar o resultado do tratamento e as relações interpessoais.
- A família pode fornecer parâmetros da realidade. Não deve deixar a pessoa trancada no quarto o dia todo com as cortinas fechadas, nem deixá-la desrespeitar a necessidade de alimentação e higiene. Esse paciente precisa ser estimulado o que não significa levá-lo ao shopping ou pô-lo para correr. Significa estimulá-lo de acordo com suas possibilidades de desempenho. É importante respeitar as limitações que a doença impõe naquele momento.
- A atividade física ajuda bastante. Há evidências de que associada a tratamentos medicamentosos e psicológicos pode ser um componente importante para alcançar resultados satisfatórios no tratamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTANA, Ana Lúcia.
InfoEscola: Navegando e Aprendendo. In: Psicologia. Melancolia. Disponível em: http://www.infoescola.com/psicologia/melancolia/
Acesso: 23/08/12.
SOUZA, Eliane. Diacionário do grande ABC. Depressão melancólica tem tratamento.
Disponível em: < http://www.dgabc.com.br/News/5106207/depressao-melancolica-tem-tratamento.aspx> Acesso em: 02/09/2012.
MORENO,Ricardo. Drauzio Varella.com.br. Doença e
sintoma. Depressão: doença que precisa
de tratamento. Disponivel em: < http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/depressao-doenca-que-precida-de-tratamento/> Acesso em: 02/09/2012.
Wikipédia, a
enciclopédia livre. In: Artigo. Melancolia.
Disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/Melancolia Acesso em: 23/08/12.
Filme: MELANCOLIA
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