Vitiligo caracteriza-se pela diminuição ou falta de
melanina (pigmento que dá cor à pele) em certas áreas do corpo, gerando
manchas brancas nos locais afetados. As lesões, que podem ser isoladas ou
espalhar-se pelo corpo, atingem principalmente os genitais, cotovelos,
joelhos, face, extremidades dos membros inferiores e superiores (mãos e pés). O
vitiligo incide em 1% a 2% da população mundial.
Atinge todas as raças e ambos os sexos, em qualquer
idade. Em cerca de metade dos casos aparece antes dos 20 anos de idade. É muito comum o vitiligo iniciar-se na infância. Em
aproximadamente 25% dos casos os primeiros sinais de despigmentação iniciam-se
antes dos 10 anos de idade, e em cerca de 50% antes dos 23 anos de idade. Menos
de 10% dos casos aparecem após os 42 anos de idade.
Causas
a) Teoria
neural: vitiligo segmentar: incide geralmente sobre a região de um nevo
(pinta) e são provocados por substâncias que destroem os melanócitos,
células que produzem melanina.
b) Teoria
citóxica: a despigmentação da pele é provocada por substâncias como a
hidroquinona presente em materiais como borracha e certos tecidos.
c) Teoria
auto-imune: consiste na formação de anticorpos que atacam e destroem o
melanócito ou inibem a produção de melanina. Parece estar associado a
outras doenças auto-imunes, como diabetes e doenças da tireóide. Há
ocorrência familiar em 20% a 30% dos casos.
d) Teoria genética: cerca de 1/3 dos pacientes
apresenta outros casos na família e foram descritas ocorrências em gêmeos homozigóticos.
Sintomas
Aparecem manchas brancas e bem delimitadas
espalhadas pelo corpo de tamanho e número variáveis, localizadas normalmente em
áreas de trauma como mãos, cotovelos, joelhos e pés. É comum também atingir a
face, principalmente nas regiões ao redor dos olhos e boca.
Pode aparecer também na área genital, em ambos os sexos. A despigmentação pode
ainda afetar os pelos. Não há como prever a surgimento e a evolução da
doença podendo ocorrer, em um mesmo paciente, regressão de determinadas
lesões enquanto surgem outras.
Apesar dos danos estéticos que acarreta, o vitiligo
não causa nenhum prejuízo à saúde.
Diagnóstico
O vitiligo classifica-se de acordo com a
localização e extensão, podendo ser classificado em: localizado (quando atinge pequena área), segmentar (atinge apenas um segmento do corpo), generalizado (quando atinge áreas mais
extensas) ou universal (quando
acomete mais de 75% da superfície da pele).
O diagnóstico de vitiligo é clínico, isto é, o
médico deve examinar as lesões e pedir exames laboratoriais para determinar se
o paciente é mesmo portador de vitiligo e se existem outras doenças associadas
(como o hipotireoidismo). Algumas manchas brancas podem ser provocadas
pelo sol ou por micoses e não constituem lesões de vitiligo. Existem
ainda lâmpadas especiais que podem ser usadas para facilitar o diagnóstico.
Tratamento
Os tratamentos convencionais são longos e
geralmente envolvem aplicações de pomadas à base de corticóides, loções e
fototerapia (exposição ao sol com uso de substâncias
fotossensibilizantes). Raramente ocorre cura definitiva das lesões, pois
há áreas que apresentam maior dificuldade de recuperar a pigmentação.
Quando o processo afeta mais de 50% do corpo a opção de tratamento pode ser a
despigmentação total da pele.
O tratamento do vitiligo em crianças
requer uma abordagem não somente dos aspectos clínicos da doença, mas também de
implicações psicossociais. Uma criança com manchas visíveis na pele requer
cuidados especiais. Precisa-se de uma abordagem mais profunda no sentido de
buscar possíveis fatores desencadeantes, já que frequentemente encontra-se
desajustes familiares ou outros aspectos psíquicos envolvidos. É importante levar em conta o
estado psicológico do paciente, visto que fatores emocionais podem agravar
o aparecimento e evolução das lesões.
É frequente o surgimento da doença em
crianças após perdas em várias esferas psíquicas, como separação dos pais,
falecimento de um familiar ou pessoa próxima, mudança de residência ou escola,
entre outras. Um suporte psicológico geralmente é necessário, já que a condição
do vitiligo pode ter um impacto profundo na imagem corporal das crianças
afetadas.
Recomendações:
*Procure um dermatologista para diagnóstico e
tratamento, se notar o aparecimento de mancha branca na pele. Não há como
prevenir as lesões de vitiligo ou a progressão da doença, é feito um
controle da mesma;
* Tome sol com cuidado, por períodos curtos, usando
protetor solar, evitando a exposição entre 10h e 16h, reaplique o protetor
solar a cada duas horas, especialmente se estiver na praia ou na piscina;
* Hidrate a pele normalmente. O portador de
vitiligo não precisa de
hidratantes nem sabonetes especiais.
hidratantes nem sabonetes especiais.
* A busca por um atendimento psicológico pode
ajudar o paciente a desatar alguns conflitos que o acompanham e talvez
desmistificar certos engessamentos criados em torno do vitiligo. Se seus
conflitos internos são escutados, o paciente tem maior possibilidade de
resgatar seu próprio investimento psíquico no tratamento médico e
consequentemente ajudar a restaurar ou construir uma melhor qualidade de vida.
"O preconceito mancha bem mais"
(Ana Lourdes Pereira)
Assitam o vídeo ilustrativo:
Referências:
Comunidade
Vitiligo.com.br. O Vitiligo. In:
Você precisa saber. Disponível em: http://www.vitiligo.com.br/vit_vis.aspx Acesso em: 10/09/12.
VARELLA, Drauzio. Vitiligo. In: Doenças e sintomas. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/vitiligo/ Acesso em: 10/09/2012.
Vitiligo.med.br.
Disponível em: <http://www.vitiligo.med.br/index.php>. Acesso: 10/09/12
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