quarta-feira, 30 de março de 2011

Vícios

Vícios
Vício vem do latim “vitium”, que significa falha ou defeito, é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem.
Quaisquer que sejam os vícios, todos eles são sempre fugas que a pessoa cria para amenizar e momentaneamente esquecer os problemas que a ela afligem. A busca pelo vício é uma escolha feita pelo homem como forma de alcançar algo que lhe falta, aplacar a dor e o sofrimento, e como forma de prolongar o prazer e o bem estar, ou seja, o homem faz do seu vício um sentido na sua existência.
Quando estão vivenciando o prazer proporcionado pelo seu vício, tudo está bem, nada o prejudica e nem o incomoda, mas apartir do momento que o “efeito” passa, os mesmos problemas aparecem e muitas das vezes maior ainda ocasionando nesta pessoa a necessidade de buscar mais prazer para tamponar o novo buraco surgido em decorrência da culpa que aparecerá, acaba virando um ciclo sem fim.
Muitos podem ser os vícios, são eles: tabaco, álcool, drogas, jogos, compras e outros.
Estes vícios variam de intensidade. Algumas pessoas suportam mais e são até socialmente tolerados do que os outros que causam constrangimento e muitos problemas durante seu descontrole ocasionado pelo seu vício. Ex: uma pessoa que é compulsiva em comprar é mais tolerada do que uma pessoa que é ou está drogada ou embriagada.
Durante o uso de drogas e até mesmo do jogo ou compras a pessoa acometida perde totalmente a noção de limite, quer consumir o que tem e o que não tem, esquece do mundo e de si, criam uma imagem de poder, de força e passam por cima de quem tentar os impedir agredindo com palavras e fisicamente se precisar. Com isso as relações sociais passam as ser superficiais, mostrando-se no começo disponível ao contato, criando vínculos facilmente, porém este vínculo é frágil e logo é desfeito. As famílias destes viciados sofrem muito com os constrangimentos, humilhações, agressões e acabam perdendo a sua estrutura e muitas das vezes adoecem juntamente com o viciado.
Estar longe do vício pode ser visto como um rompimento no sentido da existência. É o mesmo que se deparar com o vazio e com a falta, ocasionando no viciado: fragilidade, vivência de vazio, baixa auto-estima, fracasso e depressão. Assim, a situação de abstinência (privar-se de fazer uma determinada ação) faz com que o retorno ao vício seja um estímulo, pois são neles que se encontra o alívio e as formas mais fáceis para enfrentar ou fugir dos problemas.
Com as situações de desamparo, críticas sociais, problemas financeiros, desestruturação familiar entre outros, faz com que o viciado aceite a ajuda tantas vezes oferecida mais até então desprezada.
O grande desafio em torno da recuperação é retirar o foco do vício e substituí-la por outros hábitos, mostrando novas possibilidades para sua vida e dando sentido a elas, evitando desta forma que estes dependentes retomem o caminho do vício.
Um dos trabalhos essenciais para a recuperação é a ajuda psicológica. O trabalho se constituirá a partir da realidade apresentada pelo sujeito que lhe pede ajuda, aceitando-o dentro das suas possibilidades.
O enfoque dado na terapia não é ao vício e sim ao sentido dado a ela. É importante pesquisar também todas as outras escolhas que faz em seu dia-a-dia, como age no mundo e lida com seus compromissos, com os problemas que aparecem; em suma, como encara as possíveis conseqüências de seus atos. O trabalho do psicoterapeuta é tornar-se um facilitador, cabendo-o a tarefa de fazer com que esta pessoa seja mais atenciosa, mostrando novas possibilidades em sua vida e dando a ele a liberdade de fazer escolhas com responsabilidade.
Outra ajuda fundamental é da família, com o seu auxílio sete em cada dez dependentes - ou em 70% dos casos - conseguem controlar o vício. O vício é uma doença que não tem cura, mas sim controle. A eficácia do tratamento não depende de medicação, mas sim do desejo de recuperação atrelado ao apoio dos mais próximos. Como já foi citado, a família se torna co-dependente, ou seja, ela adoece junto com o viciado e também deve receber tratamento. Nas reuniões em grupo, com o acompanhamento do psicólogo e através de depoimentos, as famílias se conhecem e compartilham soluções.
Enfim, o trabalho para a recuperação do viciado é um trabalho em grupo, onde deverá ter apoio da família, do psicólogo e da própria pessoa. Se ela não for o principal interessado nada terá utilidade.
Referência Bibliográfica:
Wikipédia, a enciclopédia livre. Jan/2001. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADcio. Acesso em 05 Abril.2011.
Veja os vídeos postados. Fonte: Youtube