quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Violência Doméstica

Violência doméstica é um problema que atinge atualmente milhares de pessoas, em sua maioria de forma silenciosa e disfarçada, praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre marido e mulher, sogra, padrasto ou parentesco natural pai, mãe, filhos, irmãos etc.

A vítima de violência doméstica, geralmente, tem baixa auto-estima e se encontra atada na relação com quem agride, seja por dependência emocional ou material. O agressor geralmente acusa a vítima de ser responsável pela agressão, a qual acaba sofrendo uma grande culpa e vergonha. A vítima também se sente violada e traída, já que o agressor promete, depois do ato agressor, que nunca mais vai repetir este tipo de comportamento, para depois repeti-lo.

 Muitos casos de violência doméstica encontram-se associados ao consumo de álcool e drogas, pois seu consumo pode tornar a pessoa mais intolerante e com comportamentos agressivos especialmente nas crises de abstinência. Nesses casos, o agressor pode apresentar inclusive um comportamento absolutamente normal e até mesmo "amável" enquanto sóbrio o que pode dificultar a decisão da parceira em denunciá-lo.

São várias as práticas violentas como: a violência e o abuso sexual contra as crianças, maus-tratos contra idosos, violência contra a mulher e contra o homem geralmente nos processos de separação litigiosa além da violência sexual contra o (a) parceiro (a).

Os tipos de violência dividem-se em:
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 Violência física: quando envolve agressão direta, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objetos e pertences do mesmo (patrimonial); São comuns murros e tapas, agressões com diversos objetos e queimaduras por objetos ou líquidos quentes. Outra modalidade é as agressões que tomam o homem de surpresa, como por exemplo, durante o sono. Não é incomum, atualmente, a violência física doméstica contra homens, praticados por namorados (as) ou companheiros (as) dos filhos (as) contra o pai.
·         Violência psicológica: quando envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas agressivas, juridicamente produzindo danos morais; e violência socioeconômica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus recursos econômicos. Outra forma de violência emocional é fazer o outro se sentir inferior, dependente, culpado ou omisso é um dos tipos de agressão emocional dissimulada mais terrível. O agressor faz tudo corretamente, não com o propósito de ensinar, mas para mostrar ao outro o tamanho de sua incompetência. O agressor com esse perfil tem prazer quando o outro se sente inferiorizado, diminuído e incompetente. Normalmente é o tipo de agressão dissimulada do marido em relação às esposas. Depreciam a comida da esposa e, por parte da esposa, que, normalmente se aborrecendo com algum sucesso ou admiração ao marido, ridiculariza e coloca qualquer defeito em tudo que ele faça.
·         Violência verbal: A violência verbal normalmente se dá simultaneamente à violência psicológica. Alguns agressores verbais dirigem sua artilharia contra outros membros da família, incluindo momentos quando estes estão na presença de outras pessoas estranhas ao lar. A violência verbal existe até na ausência da palavra, ou seja, até em pessoas que permanecem em silêncio. O agressor verbal, vendo que um comentário ou argumento é esperado para o momento, se cala, emudece e, evidentemente, esse silêncio machuca mais do que se tivesse falado alguma coisa. Ainda dentro desse tipo de violência estão os casos de depreciação da família e do trabalho do outro. Outro tipo de violência verbal e psicológica diz respeito às ofensas morais, maridos e esposas costumam ferir moralmente quando insinuam que o outro tem amantes. Muitas vezes a intenção dessas acusações é mobilizar emocionalmente o (a) outro (a), fazê-lo (a) sentir diminuído (a). O mesmo peso de agressividade pode ser dado aos comentários depreciativos sobre o corpo do (a) cônjuge.  


“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.” (Jean-Paul Sartre)