terça-feira, 5 de julho de 2011

Ciúmes


Pesar, despeito por ver alguém possuir um bem que se desejaria ter. Receio de que a pessoa amada se apegue a outrem.

O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro e/ou em si próprio. Ele provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas, 1 - a pessoa que sente ciúmes (sujeito ativo do ciúme), 2- a pessoa de quem se sente ciúmes (sujeito analítico do ciúme) e 3 – pessoa(s) que é (são) o motivo do ciúme (o que faz criar tumulto).

A pessoa ciumenta apresenta na sua personalidade um traço marcante de timidez e sentimentos de insegurança, problemas que costumam ter raízes na infância. O ciúmes demonstra falta de auto-confiança, medo de perder, e aguça o nosso complexo de inferioridade. O complexo de inferioridade entra, quando começamos a imaginar como será a outra pessoa, ou quando por acaso a(o) conhecemos e começamos a nos comparar com ela(ele); e reconhecemos que pode ser que ela(ele) tenha algo mais atraente que nós.

O ciúme envolve um largo conjunto de emoções, pensamentos, reações físicas e comportamentos:
  • Emoções - dor, raiva, tristeza, inveja,medo, depressão e humilhação;
  • Pensamentos - ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração;
  • Reações físicas - taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas.
  • Comportamentos - questionamento constante, busca frenética de confirmações e ações agressivas, mesmo violentas.
O ciúme em níveis exagerados pode se tornar patológico, ou seja, virar doença e tornar-se paranóia (distúrbio mental caracterizado por delírios de perseguição e pelo temor imaginário de a pessoa estar sendo vítima de conspiração). Nesse tipo de distúrbio, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro coisas que limitam a liberdade deste, abre correspondências, bisbilhota o computador, ouve telefonemas, examina bolsos, chega a seguir o parceiro ou contrata alguém para fazê-lo. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal estar da dúvida, até o intensifica.

Algumas teorias consideram que os casos mais graves podem ser curados através da psicoterapia que passa por um reforço da auto-estima e da valorização da auto-imagem. Outros casos mais leves podem ser tratados através da ajuda do parceiro (a), estabelecendo-se um diálogo franco e aberto de encontro, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador, resumindo: diálogo!
O processo deve envolver também a família, pois o apoio no lar é imprescindível nesses casos. Reduzido o sentimento de insegurança, é esperado que diminua a aflição do ciúme. Só quem confia em si mesmo pode confiar em outros, de modo que parece lógico começar o tratamento pelo fortalecimento da autoconfiança.

Algumas dicas para superar o ciúmes:
1-Goste de si, antes de gostar dele.
2- Não deixe de ter amigas e de viver sua vida como fazia antes de conhecê-lo. Mantenha sua independência psicológica.
3- Antes de brigar, ou fazer uma cena, pense mil vezes.
4- Não faça projetos futuros em demasia, o romance pode não dar certo e você ficar frustrada para o resto da vida.
5- Não adianta chorar, implorar, ajoelhar, ou desmaiar, se seu (sua) parceiro(a) tiver de ir  em algum lugar ou fazer algo ele (ela) fará, quer você queira ou não.
6- Seja superior, o que quer que nós mulheres possamos falar, eles sempre irão tentar provar-nos de alguma maneira que estávamos equivocadas.
7 – Sempre que algo lhe perturbar, chame seu parceiro (a) para uma conversa e fale sobre seu descontentamento, ele (a) não tem bola de cristal! E assim, você não corre o risco de depois explodir com ele (a) quando não mais der conta.
8- Ninguém é de ninguém. (leia o livro de Zíbia Gasparetto)

Se um indivíduo é capaz de amar produtivamente, ama a si mesmo; se somente sabe amar às outras pessoas, não sabe amar em absoluto.
Responda, sinceramente:
1) Torno-me obsessiva com os relacionamentos?
? Sim ? Não
2) Nego o alcance do problema?
? Sim ? Não
3) Minto para disfarçar o que ocorre numa relação?
? Sim ? Não
4) Evito as pessoas para ocultar o problema?
? Sim ? Não
5) Repito atitudes para controlar a relação?
? Sim ? Não
6) Sofro acidentes devido à distração?
? Sim ? Não
7) Sofro mudanças de humor inexplicáveis?
? Sim ? Não
8) Pratico atos irracionais?
? Sim ? Não
9) Tenho ataques de ira, depressão, culpa ou ressentimento?
? Sim ? Não
10) Tenho ataques de violência?
? Sim ? Não
11) Sinto ódio de mim mesma e me auto- justifico?
? Sim ? Não
12) Sofro doenças físicas devido à enfermidades produzidas por stress?
? Sim ? Não

Se você respondeu afirmativamente a três das doze perguntas, é uma pessoa dependente das pessoas. (Questionário retirado do site MADA – mulheres que amam demais)


"O ciúme é o pior dos monstros criados pela imaginação."
(Calderón de la Barca)


Referências Bibliográficas:
Ciúmes. In. Wikipédia, a enciclopédia livre, internet, Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciúme. Acesso em 04 de Julho de 2011.
Dicionário on line de português, internet, Disponível em <http://www.dicio.com.br/ciumes/>. Acesso em 05 de Julho de 2011.

Como superar o ciúme. Blog da mulher, internet, Disponível em http://WWW.blogdamulher.com/como-superar-o-ciumes. Acesso em 05 de Julho de 2011.

MADA- mulheres que amam demais, internet, Disponível em <http://www.grupomada.com.br/pagina.php?x=literatura&tit=literatura> Acesso em 04 de Julho de 2011.

videos referentes ao tema: