quarta-feira, 9 de março de 2011

Sexualidade Infantil

            A educação sexual acontece a princípio no contexto da família onde a criança está inserida. Quando se pensa sobre o tema na infância deve ser levado em consideração o desenvolvimento emocional, isto é, deve-se observar o nível de maturidade e as necessidades emocionais da criança.
            “Desde pequena, a criança vai sendo informada e formada por aqueles que lhes são significativos. Isto acontece a partir do momento em que, através das sensações de calor, frio, aconchego, acolhimento, bem estar, desconforto, ela começa a ter as primeiras impressões sobre seu corpo através do toque e da relação com o outro” (OLIVEIRA,2000). Neste contato com o outro a criança da início a construção da sua identidade. A forma como os pais relacionam-se enquanto homem, mulher, enquanto casal e enquanto pais transmitem informações que ajudarão na formação desta identidade. Neste caminho, ela descobre sua genitália e o prazer em tocá-la, diferenciando do toque em outra parte do seu corpo. Neste momento, a criança pode fazer com que o adulto tenha dificuldade em lidar com este comportamento. Fingir que não vê, castigar, ameaçar, ocupar e distrair a criança estão entre algumas formas encontradas pelos adultos como reação nesta hora.
            Falar de sexualidade é também falar em cuidar-se, de como se lida com o íntimo, com o privado. Por isso, no momento da descoberta e do toque na genitália é importante, que a criança tenha assegurado de que seu ato não causa nenhum dano que mereça castigo ou punição, também é importante que receba orientação nos cuidados higiênicos e aprenda a cuidar-se para não machucar, por se tratar de uma região sensível. Deve ser passado também que o ato íntimo é privado e pessoal e que não deve ser feito em qualquer lugar, como por exemplo no colégio. Da mesma forma é de fundamental importância que os pais preservem também a criança daquilo que é íntimo dos pais: a relação sexual destes. Fechar a porta e não deixar a criança dormir no mesmo quarto, excluindo a criança daquilo que não é pertinente a ela, garante não só a privacidade dos pais, mas também, evita tumultos emocionais na criança.
            É importante que as questões da criança tenham espaço para serem colocadas e respondidas com clareza e simplicidade na medida em que esta curiosidade vai aparecendo. O erro dos pais às vezes está em querer livrar-se logo do assunto e, com ansiedade disparam a falar além da necessidade da criança, na tentativa muitas vezes frustrada de que nunca vão precisar falar sobre o assunto.
            Existem muitas formas da criança manifestar seus interesses e curiosidades sobre a sexualidade. Isto pode ocorrer através de piadinhas, comentários, palavrões e brincadeiras. Em sala de aula, por exemplo, algumas crianças podem querer ver a genitália uns dos outros. O professor, atento, pode aproveitar este momento, para falar sobre o corpo do homem e da mulher, das necessidades e curiosidades das crianças (formato, tamanho, pêlos...) desenhar a genitália e conversarem sobre suas diferenças e questionamentos.
            Uma das questões que mais aparecem entre as crianças é a curiosidade em saber como o bebê foi parar na barriga da mãe. Quando a criança fizer essa pergunta não quer dizer que ela queira ou agüente saber detalhes com relação ao ato sexual dos pais. Responder a criança de forma simples e objetiva satisfaz sua curiosidade. Ao longo da vida, as questões serão retomadas, fechadas, reabertas e enriquecidas. Às vezes basta saber que os bebês nascem do namoro de um homem e uma mulher (beijos, abraços, etc.). É importante falar, mas tomando cuidado com os limites da criança, ou seja, dizer somente o que ela agüentar saber, pois com a modernidade perdeu-se de uma forma geral, a noção do que é pertinente a criança.
            A sexualidade é construída ao longo da vida e encontra-se necessariamente marcado pela história, cultura, afetos e sentimentos, sendo vivenciada de forma diferente por cada pessoa. Cabe a nós pais, professores e profissionais especializados saber passar de forma certa e saudável a nossas crianças o que é a sexualidade.

* Aline Bicalho – Graduada em Psicologia pela PUC-Minas  e Pós Graduada em Clínica Existencial pela FEAD - Minas – CRP – 04/23701.
Referência Bibliografica:
OLIVEIRA, Nina Eiras Dias: Sexualidade Infantil II. Jornal Existencial, Ed: SAEP. Jun/2000.Disponível em <HTTP://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/ninasexualidade2.htm>. Acesso em 5 Sett.2010.




           

A hora certa de tirar as fraldas

A hora certa de tirar as fraldas

Processo corporal e fantasia
Sem contar a confusão que pode acontecer na cabecinha da criança quando, depois de tanto esforço e de ter feito tudo como lhe pediram, vê o adulto tratar suas fezes e urina como "más", jogando-as fora e fazendo com que tudo desapareça rapidamente, simplesmente puxando a descarga. A criança pequena muitas vezes fica desapontada com esse tipo de acolhimento dispensado àquilo que tanto se esforçou para conseguir. Na sua imaginação ela esperava uma atenção e cuidados iguais àqueles que dispensamos aos seus desenhos e brinquedos.
Nas camadas mais profundas da mente, as fantasias das crianças referem-se a seus atos em relação à mãe, todos os seus processos corporais se ligam a essas fantasias sobre a pessoa da mãe, uma vez que a primeira relação com ela (na amamentação) constituía uma relação corporal. Quando a criança percebe que a mãe está muito interessada em seu processo corporal, descobre seu poder de manipulá-la, de dar ou não o que a mãe tanto quer. Significa que ela agora pode ir contra as pessoas que ao mesmo tempo ama.

Os processos corporais são parte de sua expressão emocional em relação aos outros. Se nos lembrarmos disso, provavelmente não agiremos de uma maneira que a própria criança sentirá ser um ultraje, nem de maneira a aterrorizá-la com um sentimento de fraqueza. Não há dúvida que nessa questão o comportamento da mãe é tão importante quanto o da criança.
Insistência X paciência
De modo geral, pode-se dizer que uma insistência grande demais a respeito desses processos é prejudicial sob qualquer ponto de vista. Demasiada emoção na mente da mãe suscita muitos sentimentos na mente da criança, e é muito fácil, por nossa própria demonstração de ansiedade e insistência sobre uma ação imediata, confirmar as fantasias espontâneas da criança sobre os horríveis perigos da ação de seu intestino. Além disso, se formos muito insistentes, não apenas compeliremos a criança a se defender contra nossa interferência cruel, retendo as fezes, como também lhe proporcionaremos uma arma poderosa para nos tiranizar.

Se a criança tiver as oportunidades comuns para o movimento corporal, para correr, pular, trepar, se arrastar, se pendurar e balançar, lançar objetos e dar pontapés, ela passará a ter cada vez mais segurança na postura e no controle do seu corpo. Não podemos forçar a habilidade a aparecer ou acelerar o crescimento natural das coordenações nervosas.

Nesse terreno, portanto, paciência e convicção otimista no futuro constituem a melhor ajuda para mãe e filho. Há boas razões para acreditar que esse amadurecimento natural de sentimentos e aptidões, com relação aos processos corporais, chegará para a criança numa atmosfera de amor e confiança, em meio a adultos limpos e ordenados, mesmo que não haja nenhum ensinamento ou treino específicos. Afinal, se os seres humanos não são os únicos animais limpos, não podemos negar que haja uma tendência natural para um comportamento ordenado nesse assunto.
Buscando outros interesses...
Se a criança viver entre pessoas limpas e, além disso, afetuosas e compreensivas, se tornará limpa e ordenada como elas. E o fará mais rapidamente se não acontecer nenhuma tentativa no sentido de obrigá-la a essa aptidão antes que esteja madura para alcançá-la. Essa atmosfera de amor fará a criança aprender que suas fantasias não se baseiam na realidade.

Descobrirá tantos outros meios pelos quais pode expressar sua necessidade de poder, que essa expressão corporal das mais primitivas perderá então sua atração. Existem outras substâncias como areia, terra de jardim, barro e argila, com as quais pode brincar, fazer coisas que dão prazer e atraem o interesse de outras pessoas. Esse deslocamento de interesse das partes e produtos corporais, para objetos e habilidades externas, liberta gradualmente os órgãos fisiológicos para funções fisiológicas, e reduz sua importância como órgãos de prazer e conforto. É assim que se adquire um hábito, não por um condicionamento precoce de reflexos, mas como resultado de um longo e complexo desenvolvimento psicológico.

As dificuldades das crianças não podem ser evitadas. Não importa o que possamos fazer, são inerentes à situação humana. Além disso, os sentimentos das crianças são tão obscuros para elas próprias, que não é surpreendente que a mãe não possa compreendê-los suficientemente, mesmo que tenha a melhor boa vontade do mundo.
Não há, portanto, nenhuma necessidade de sentirmos vergonha e culpa só porque a criança sofre temporariamente certa infelicidade devido a seus processos corporais, ou porque leva algum tempo além das outras crianças para tornar-se limpa. Educar é ajudar a criança a dar o melhor de si e nunca encorajá-la a imitar alguém.
Compreensão, antes de tudo
O medo sempre inibe a inteligência da criança, de modo que ela será levada a aprender mais vagarosamente se a censurarmos, do que se lhe mostrarmos precisamente o que queremos que ela aprenda, de modo claro mas amistoso. Devemos sempre nos preocupar com a criança total e com seus sentimentos para conosco como seres humanos e pessoas dispostas a ajudar.

Colapsos emocionais ocorrerão com cada criança, sob o estímulo de algum evento externo importante ou de alguma fase especial do seu desenvolvimento emocional. Traduzir os sentimentos em palavras é a grande função dos pais. Se formos capazes de compreender que os pequenos são realmente apenas imaturos e inexperientes, e não maus e perversos quando são incapazes de realizar tudo que julgamos ser direito, se tivermos paciência de esperar pelo desenvolvimento da criança sem receio, colocando palavras nesse sofrimento, a criança se sentirá compreendida.
O tempo e o amadurecimento natural da habilidade e do equilíbrio emocional da própria criança estão do nosso lado. Se lhe dermos apoio, respeitando seu corpo diante dela, e a ajuda física apropriados, com um encorajamento confiante e um relacionamento feliz, ela irá ultrapassar sem danos e com segurança essas dificuldades temporárias do crescimento.
A grande verdade é que a criança que é realmente amada não se sente inferior, ao contrário, fica orgulhosa quando confiam nela.
Quando começar
Não existe uma idade certa para a retirada das fraldas. Em geral, por volta dos 2 anos, a criança já atingiu o amadurecimento neurológico, motor e emocional necessário para usar o peniquinho. Mas essa maturidade pode demorar mais sem que isso signifique problemas. Estudos indicam, inclusive, que bebês que iniciam mais tarde esse treinamento levam menos tempo para conseguir o controle. O importante é estar atenta aos indícios de que o seu filho está pronto. É um bom sinal, por exemplo, se ele consegue permanecer por intervalos de duas a três horas sem molhar a fralda, se avisa que quer fazer xixi ou cocô (ou que acabou de fazer) e se mostra desconforto com a fralda suja.
Essa foi a receita de sucesso da professora universitária Christiana Checchia Saito, de 39 anos, mãe de Lorena, de 2 anos e 11 meses. "Com pouco menos de 2 anos, minha filha já pedia para trocar a fralda quando fazia cocô. Marquei os horários dos pedidos e a colocava no peniquinho um pouco antes. Três meses depois, ela já começou a avisar também quando tinha molhado a fralda e iniciamos o treino do xixi" , conta a mãe. Para evitar pressões, os pais inventaram uma brincadeira. Se a menina dissesse que tinha vontade de fazer xixi, começava uma divertida corrida, com mãe, pai ou quem estivesse por perto, para chegar primeiro ao banheiro. Deu certo e agora Christiana está esperando o momento de tirar a fralda da noite. "Tentei uma vez e não funcionou. Minha filha ainda toma uma mamadeira inteira de leite antes de dormir e tem muita sede à noite. Assim que eu conseguir diminuir a quantidade de líquido, experimentarei de novo" , diz ela

Respeito às diferenças

Não existe padrão também em relação a que treinamento iniciar primeiro. A maioria das crianças tem mais facilidade para controlar o cocô, mas algumas começam com o xixi ou com os dois ao mesmo tempo. As preferências da criança devem ser respeitadas também em relação ao uso do peniquinho ou do redutor de assento. O ideal é testar os dois e ver com qual seu filho se adapta melhor. O redutor tem a vantagem de dispensar manutenção e seduzir aqueles que gostam de se sentir crescidinhos. Já o penico pode ser de um modelo divertido e funcionar como um estímulo extra, além de proporcionar uma sensação de segurança maior durante o uso. O medo do vaso sanitário é freqüente entre os pequenos e não deve ser desprezado.

Treinamento de sucesso

Persistência e ênfase na rotina são fundamentais. Não esqueça que a transição precisa acontecer simultaneamente nos vários ambientes que a criança freqüenta. Então, quando for iniciar o treino, combine o passo-a-passo com a escolinha e com os avós. E resista à tentação de voltar às fraldas nos finais de semana.
1 A maioria das crianças tende a fazer xixi ou cocô cerca de uma hora após as refeições. Se for o caso do seu filho, coloque-o sentado no peniquinho nesses momentos. A recomendação vale para meninos e meninas - só mais tarde, quando o garoto completar o aprendizado, ele deve ser estimulado a ficar de pé para urinar, imitando o pai e coleguinhas.
2 Transforme a hora do penico em um momento prazeroso. Leia uma história, invente um jogo ou cante, tudo isso ajuda a relaxar a musculatura pélvica.
3 Se o pequeno conseguir, elogie-o dizendo que está orgulhosa. Caso nada aconteça depois de uns dez minutos ou a criança der mostras de impaciência, recoloque a fralda e incentive-a pela tentativa. A idéia é habituá-la a sentar no peniquinho antes de tirar a fralda.
4 Alguns especialistas recomendam repetir esse ritual a cada duas horas. Outros acham melhor incentivar o bebê a reconhecer sozinho a sensação de bexiga cheia, pois isso facilita o treinamento noturno. Converse com seu pediatra a respeito e, claro, fique atenta àqueles sinais típicos de "aperto" - como caretas e inquietude - para levar o filho a tempo ao banheiro.
5 Quando perceber que a criança já está no controle da situação, passe para a calcinha ou a cueca. Existem fraldas de treinamento, com laterais elásticas, que ela própria consegue baixar.
6 Caso seu bebê tenha intestino preso, reforce a oferta de frutas e cereais para que o ato de evacuar não se transforme em uma experiência dolorosa.
7 Recaídas são inevitáveis. Diante delas, mantenha a calma e diga algo do tipo "escapou, mas da próxima vez sei que você tentará avisar antes" . Cuidado para não valorizar demais o incidente, porque o pequeno pode achar que vale a pena fazer xixi nas calças para chamar a atenção. E, principalmente, jamais humilhe a criança: além de prejudicar a auto-estima dela, essa atitude pode levar a problemas como constipação.

A fralda da noite

Esse treinamento costuma ser um pouco mais complicado, pois exige muitas horas seguidas sem ir ao banheiro. A primeira tentativa pode ser feita cerca de seis meses depois que o controle do dia estiver perfeito, desde que a mãe note que a fralda noturna amanhece sequinha com freqüência. Até os 5 anos, é normal fazer xixi na cama e uma tática que muitas mães usam é a de acordar durante a noite para levar o pequeno dorminhoco ao banheiro. A administradora de empresas Adriana Domingues, de 38 anos, mãe de Ricardo, de 7 anos, e de Lorena, de 4 anos, passou um ano colocando o despertador de madrugada para levar o filho ao banheiro. "Comecei quando o Ricardo tinha uns 3 anos, mas depois de alguns meses desisti. Retomei o processo aos 5 anos, quando ele próprio perguntava se tinha acordado sequinho, pois já queria dormir na casa dos amigos" , conta. Como regra, adote protetor de colchão evite excesso de líquidos após o jantar e habitue seu filho a ir ao banheiro antes de deitar.

Entenda o momento

Para toda criança, a retirada da fralda traz uma sensação de perda, como se ela percebesse que sua condição (e vantagens) de bebezinho estivesse ameaçada. É por isso que os psicólogos recomendam que os pais sejam cuidadosos ao estimular a ida ao banheiro e não demonstrem nojo em relação ao xixi e ao cocô do bebê. A consultora de feng shui Lia Mara Laureano Rodrigues, de 37 anos, mãe de Rafael, de 3 anos, lembra que, nas primeiras semanas, era comum vê-los correndo até a privada para dar um efusivo tchau para o cocô. Pode parecer estranho e Lia confessa que se sentia um pouco ridícula nesse papel, mas o teatro, dizem os especialistas, ajuda os pequenos a se acostumarem à idéia de que o lugar do cocô é na privada.
A sensação de perda que naturalmente acompanha esse aprendizado é o motivo também pelo qual não se deve iniciá-lo em momentos considerados críticos. "Mesmo crianças que já tiraram a fralda podem voltar a molhar a roupa diante do nascimento de um irmão, da separação dos pais, de uma mudança de casa ou de babá, da entrada na escola ou até da troca do berço pela cama", explica Ana Cássia Maturano, psicóloga especializada em problemas da aprendizagem, de São Paulo. Também em casos assim, é melhor esperar do que correr o risco de que um aprendizado tão importante para a independência do seu filho se transforme em uma batalha doméstica.
A CAMINHO DO BANHEIRO
Na hora de comprar um peniquinho, leve seu filho junto e certifique-se de que o modelo escolhido permita que ele sente com as pernas dobradas a 90 graus e com os pés firmes no chão. Para o redutor de assento, providencie um banquinho ou caixote, no qual o pequeno possa subir e se manter apoiado.


Sites:
Revista Cláudia online:
Alôbebê:




Medo

MEDO
O medo além de um instinto de proteção é uma reação que interrompe subitamente o processo de racionalização. Tal reação liberada pelo cérebro em momentos de perigo se inicia quando ocorre algum estímulo externo que gera estresse. A sensação do estresse faz o hipotálamo, área cerebral, liberar adrenalina e a noradrenalina no sangue, além dos outros trinta hormônios liberados pelo córtex adrenal que são necessários para preparar o organismo diante de uma ameaça.

A liberação de hormônios no organismo aumenta a pressão arterial e a freqüência cardíaca, dilatam a pupila, contraem as artérias da pele, diminui a glicose sanguínea, enrijece os músculos, paralisam os sistemas não essenciais para acumular energia e diminui substancialmente à concentração.

O medo pode ocorrer em diversas situações sendo que depende de cada pessoa para se manifestar, pois existem diferentes medos como de dirigir, de falar em público, de ficar sozinho, do escuro, de expressar
sentimentos, de animais e tantos outros. Partindo da diversidade em que o medo se manifesta deve-se sempre atentar para o medo excessivo já que pode desencadear fobias (medos intensos e irracionais, por situações, objetos ou animais que objetivamente não oferecem ao indivíduo um perigo real e proporcional á intensidade de tal medo). Essa se manifesta quando o medo passa a limitar as atividades rotineiras e passa a apresentar sintomas específicos de transtornos originados a partir do medo mal administrado.

Quando o medo passa a se tornar excessivo é
importante procurar ajuda psicológica para que esse não se torne uma fobia e prejudique os afazeres diários. Através da terapia cognitivo comportamental pode-se tratar o medo, controlar seus sintomas e sinais e corrigir as disfunções provocadas.
Formas de manifestação do medo: a insegurança (é irmã do medo, pessoas assim são sempre dependentes e precisam da aprovação e do apoio dos outros); a timidez (são quietos, passivos e sorrateiros. É fácil distinguir em público o tímido); o complexo (tem a tendência em se diminuir se inferiorizar sem motivo algum nas ocasiões em que é solicitado, é imaginativo e fantasioso ao extremo) e a depressão (apresenta tristeza, apatia, desânimo, irritabilidade, baixa auto-estima e até vontade de auto-eliminação).
Sintomas de medo patológico: Nas crianças: alergias, rinites, bronquites, sangramento pelo nariz, além de náuseas e vômitos em viagens.
Nos adultos: aftas, gastrites, oscilações da pressão arterial, cefaléias, tonturas, taquicardia, dor no peito, ansiedade, dores de barriga, palidez cutânea, rubor facial, diarréia nervosa, sudorese nas mãos, extremidades frias, dermatite alérgica e nas mulheres a famosa TPM (tensão pré-menstrual).

Também se associam a esses sintomas a gagueira, os “tiques”, quedas de cabelo, comer unha, distúrbios de sono, pesadelos, no homem pode apresentar ejaculação precoce e impotência sexual.

Indicação de livro: MEDO – O porão da agonia e da solidão. Autor: Jorge Matsumoto. Editora: Átomo.

Depressão

O que é depressão?
A depressão ou depressão nervosa é um estado patológico com um humor triste e doloroso associado à redução da atividade psicológica e física. A pessoa afetada pela depressão se sente impotente e a doença vem quase sempre acompanhada de outros sintomas, como a ansiedade ou a insônia.
Sintomas: são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais: Perda de energia ou interesse, humor deprimido, dificuldade de concentração, alterações do apetite e do sono, lentificação das atividades físicas e mentais e sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. É importante ressaltar que é difícil ver todos os sintomas juntos.
Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são: 
Pessimismo, dificuldade de tomar decisões, dificuldade para começar a fazer suas tarefas, Irritabilidade ou impaciência, Inquietação, achar que não vale a pena viver; desejo de morrer, chorar à-toa ou ter dificuldade para chorar, sensação de que nunca vai melhorar, dificuldade de terminar as coisas que começou, sentimento de pena de si mesmo, persistência de pensamentos negativos, queixas freqüentes, sentimentos de culpa injustificáveis, boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia e perda do desejo sexual.
Identificando a depressão: Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido.
Causa: A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas.
Tratamento: intervenções psicoterápicas (psicoterapia de apoio, psicodinâmica breve, terapia interpessoal, comportamental, de grupo, de casais e de família). Fatores que influenciam no tratamento são: motivação, a depressão ser leve ou moderada, ambiente estável e mudança no estilo de vida objetivando uma melhor qualidade de vida. Os antidepressivos e o ECT (eletroconvulsioterapia) também conhecida por eletrochoques para depressões graves.

Globo repórter - tema: depressão

 

O que é Psicologia?


O que é psicologia?
Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais. Melhor dizendo, a Psicologia estuda o que motiva o comportamento humano – o que o sustenta, o que o finaliza e seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência...
O que faz um psicólogo?
O psicólogo atua no estudo da mente humana, identificando os problemas relacionados ao comportamento. Desta forma, visa resolver estes problemas para que o paciente possa ter uma vida melhor (qualidade nos relacionamentos familiares e sociais em geral).
O que é terapia?
“Terapia significa tratamento”. Segundo especialistas não há momento certo para iniciar, sempre é hora, seja para se conhecer melhor ou mesmo para resolver algum problema. A terapia vem para ajudar a resolver questões que você não consegue resolver sozinho. Não há necessidade de ficar sofrendo se existe profissionais capacitados que ajudarão a mostrar caminhos para uma solução.
Quem precisa de terapia?
Primeiro é importante desmistificar que psicólogos é para doidos, loucos e não para pessoas normais, que tem problemas. Na verdade, todo mundo pode se beneficiar da terapia. Geralmente quem procura terapia são pessoas que não estão conseguindo resolver suas questões sozinhas ou ainda para reduzir o stress, a resolver problemas de relacionamentos e a acabar com a depressão. A terapia ajuda você a se conhecer melhor; ter maior auto-estima e autoconfiança, relacionamentos harmoniosos e gratificantes, e mais serenidade e paz interior.
Qual a diferença entre psicólogo e psiquiatra?
O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria, esta é composta de 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele pode receitar  medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.
O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilita o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.


Aline Bicalho – Psicóloga (CRP- 04/23701)