quinta-feira, 26 de julho de 2012

Psoríase



Psoríase é uma doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa, multigênica (vários genes envolvidos), com incidência genética em cerca de 30% dos casos. Muito provavelmente a questão emocional atua como um importante fator desencadeante da psoríase em pessoas com uma certa predisposição genética para a doença. A Psoríase não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas.  

Caracteriza-se por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas, que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.

Surge principalmente antes dos 30 e após os 50 anos, mas em 15% dos casos pode aparecer ainda na infância.

Sintomas: De acordo com a localização e características das lesões, existem vários tipos de psoríase:

a) Psoríase Vulgar – lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
b) Psoríase Invertida – lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
c) Psoríase Gutata – pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas a processos infecciosos. Geralmente, aparecem no tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e quadril) e ocorrem com maior frequência em crianças e adultos jovens;
d) Psoríase Eritrodérmica – lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo;
e) Psoríase Ungueal – surgem depressões puntiformes ou manchas amareladas principalmente nas unhas da mãos;
f) Psoríase Artropática – em cerca de 8% dos casos, pode estar associada a comprometimento articular. Surge de repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes articulações como a do joelho.
g) Psoríase Postulosa – aparecem lesões com pus nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo;
h) Psoríase Palmo-plantar – as lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés.

Causas: Além da genética, outros fatores estão envolvidos no aparecimento e evolução da doença. Fatores psicológicos ou emocionais (choques emocionais são encontrados em 70% dos relatos como desencadeantes da doença e das recaídas), estresse, exposição ao frio, uso de certos medicamentos e ingestão alcoólica piora o quadro.

Diagnóstico: O diagnóstico, em geral, é fácil, e baseia-se na história clínica e achado de lesões típicas com dados característicos na raspagem das lesões ao exame feito pelo médico.
Em casos mais graves ou formas não usuais pode-se lançar mão de biópsia de pele (exame de pele com diagnóstico característico ou indicativo).
Alguns exames laboratoriais podem colaborar na investigação de desencadeantes da doença (como diabete e infecção estreptocócica).

Tratamento: Psoríase não tem cura, tem tratamento. Não há como prevenir a doença, embora seja possível controlar a reincidência.
Casos leves e moderados (cerca de 80%) podem ser controlados com o uso de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol. Para quem não tem tempo para exposições diárias ao sol, são preconizados banhos de ultravioleta A e B em clínicas especializadas e sob rigorosa orientação médica. Esses banhos não são recomendados para crianças.
Algumas pomadas à base de alcatrão já provaram sua eficácia no controle da doença, mas têm o inconveniente de sujarem a roupa de vestir e de cama e de terem cheiro forte, parecido com o da creolina. Medicamentos por via oral só são introduzidos nos casos mais graves de psoríase refratária a outros tratamentos.

Recomendações
* Hidrate muito bem a pele, para evitar seu ressecamento excessivo que favorece a possibilidade de desenvolver lesões;
* Exponha-se com cuidado e moderadamente ao sol, mas antes passe um creme hidratante ou terapêutico. Você vai ter de usá-lo a vida inteira;
* Evite a ingestão de bebidas alcoólicas;
* Procure não se desgastar emocionalmente. O estresse tem papel importante no aparecimento das lesões. Como não é uma tarefa fácil, procure ajuda de um profissional se considerar necessário;
* Não fuja de encontros sociais e de lazer por causa das lesões. Psoríase não é contagiosa e, se você se afastar de tudo e de todos, pode comprometer o estado emocional e aumentar o problema;
* Visite regularmente o dermatologista e siga à risca suas orientações. Isso o ajudará a controlar as crises.

Fotos:

 Psoríase Vulgar



Psoríase Invertida


Psoríase Gutata


Psoríase Eritrodérmica


Psoríase Ungueal


Psoríase Atropática


Psoríase Postulosa


Psoríase Palmo-plantar



Veja o vídeo ilustrativo:




Referências:
VARELLA, Drauzio. Psoríase. Doenças e sintomas. In: DrauzioVarella.com.br. Disponível em:< http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/psoriase/> Acesso: 23/07/2012.
ALBUQUERQUE, Carla Skromov. Psoríase - Principais aspectos e
novas opções de tratamento. In: Turma da pele. Disponível em:
http://www.turmadapele.com.br/dicas/psoriase.asp>  Acesso: 23/07/2012.
BALLONE, GJ - Psicossomática e Dermatologia. In: PsiqWeb, Internet, disponível em <http://sites.uol.com.br/gballone/psicossomatica/dermato.html> revisto em 2003. Acesso: 23/07/2012.
OLIVEIRA, Ércio (et al). Psoríase. In: ABC da saúde. Disponível em: < http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?353> Acesso: 23/07/2012.


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domingo, 22 de julho de 2012

GAGUEIRA


Como se trata a Gagueira?

            Ao ser solicitada por minha amiga Aline Bicalho a escrever um texto sobre gagueira, pensei em qual vies abordar. Acredito que o texto técnico (cientifico) traga muitas informações fundamentais ao conhecimento da gagueira, mas, se você não for um fonoaudiólogo ou psicólogo, talvez este tal texto técnico lhe cause pouco interesse.
            Olhando o blog da Aline (http://alinepsicoblog.blogspot.com.br/) para onde este texto é endereçado, percebi que ela escreve para todos, com uma linguagem que atinja seu publico de forma contundente! Assim, considerando o public alvo e  sobre  o que eu gosto de ler, penso em um texto que faça você querer ler... Então sem mais delongas, pensemos na gagueira!
            Aprendi na psicologia (abordagem fenomenológica) que jamais conseguimos nos colocar no papel do outro e entender o que ele vive (suas experiências) entretanto podemos compreender - estar com, participar, observar. Esse tem sido o meu papel. Estar com...Neste propósito o objetivo é diminuir suas disfluências e treinar sua fluência. Pensando no aspecto fonoaudiológico, é isso que  fazemos! Treinamos a linguagem a fim de minimizar as disfluências e as alterações que a acompanham.
           
Assim, cheguemos a alguns aspectos técnicos: 
            A fluência é uma habilidade da linguagem e assim sendo, pode e deve ser treinada!
            Quanto mais automatizado, mais fluente.
             Portanto essa é uma das premissas do atendimento da gagueira. Podemos treinar a fluência! Mas e as disfluências, o que são? Outrora definida como alterações, hoje as disfluências são vistas como um tempo necessário para  formularmos nossos pensamentos. Então, TODOS apresentamos disfluências! Ok... Mas e a gagueira? A gagueira é uma alteração da fluência que apresenta disfluências comuns e disfluências gagas. A grande diferença é que a linguagem gaga, ou seja, o gago, apresenta maior quantidade dessas disfluências.A quem diga que a gagueira é um sintoma, e não uma doença.Entretanto sabe-se que ela é multifatorial e hereditária.Existem estudos que dizem ser genética.Esta alteração acomete 1% da população mundial, sendo mais comum no sexo masculino. Mas e o aspecto emocional?  A gagueira não é causada pela ansiedade? Não! A gagueira tem fatores sensoriais, motores e neurofisiológicos.Entretanto há de se pensar no sujeito ou indivíduo biopsicossocial! Assim, claramente que a linguagem gaga acarreta mudanças sociais e emocionais.
            E o que fazer com essas informações... Bom, se você for um gago ou conhece um, procure um Fonoaudiólogo! Sabe-se que a taxa de recuperação é de 80%! Se não, conhecimento é sempre bem vindo... Use essas informações na sua próxima conversa com amigos! Eles ficarão impressionados com seus conhecimentos gerais além de passarem a informação adiante (que é exatamente o que queremos) !!!!!

Referências 
http://www.gagueira.org.br/conteudo.asp?id_conteudo=121http://www.gagueira.org.br/conteudo.asp?id_conteudo=160 http://www.abragagueira.org.br/causas.asp

Mayra Coutinho, Fonoaudióloga, Psicopedagoga, Diretora do Centro de Inteligência
 
FONOAUDIOLOGIA - PSICOLOGIA - NEUROPSICOLOGIA - PSICOPEDAGOGIA - NUTRIÇÃO -www.centrodeinteligencia.net.br
Belvedere: Rua Desembargador Jorge Fontana, 80, Sala 1005 E 1006, Telefone: 31- 2555-8088
Pampulha: Avenida Coronel José Dias Bicalho, 1224, Loja 09, Bairro São José, Cel: 31-9144-6513

VEJA O VÍDEO ILUSTRATIVO: