quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Conflitos Familiares


Antes de falarmos sobre o assunto, primeiro é importante definir o conceito de conflito. Conflito é uma luta consciente e pessoal, entre indivíduos ou grupos, em que cada um almeja uma condição, que exclui a desejada pelo adversário. De modo geral, o indivíduo tem consciência apenas do sofrimento ou da perturbação de comportamento, originados do conflito reprimido.

A relação em família é complexa, pois cada ser humano é singular, pois cada um tem a sua história. Nas relações acontecem competições e alianças pelo poder. Nos diversos relacionamentos, as diferenças individuais acabam aparecendo, pois cada um pensa de uma forma e todos têm necessidades num determinado momento. Essas diferenças nas relações tornam-se as bases dos conflitos.

As diferenças, normalmente, não são percebidas como algo positivo, como oportunidades de enriquecimento e acabam sendo usadas de modo destrutivo. Assim, a diferença que leva a um conflito de interesse (discordância) é percebida como insulto e/ou desamor.

Por este motivo, O diálogo deve ser exercido em todas as situações, sejam elas de divergências ou concordâncias. Muitos são incapazes de detectar os conflitos e de resolvê-los de forma amistosa e compreensiva.

É vital ao bom ambiente familiar que o casal possua uma forte aliança, saiba lidar com seus conflitos, colabore entre si e satisfaça necessidades mútuas.  Por outro lado, é importante também que em suas funções de pais, exista apoio à autoridade de cada um dos cônjuges com relação aos filhos, ou seja, ambos não devem tirar a autoridade imposta pelo outro.

A falta de comunicação, somada à dificuldade para resolver problemas em conjunto são fatores negativos na criação dos filhos. As divergências dos pais, veladas ou abertas, em relação à educação dos filhos, os deixam confusos e, com freqüência, as crianças usam de manipulações, jogando os pais um contra o outro. Portanto, Os conflitos tornam–se mais fáceis de serem enfrentados quando pai/mãe ou marido/mulher compreendem as questões e de onde elas surgiram. Para tal é necessário cada um entender e aceitar os seus próprios medos, valores, expectativas e proteções e também as do parceiro. 

São vários os motivos que levam familiares a terem conflitos, dentre eles: dinheiro, ciúmes entre irmão e entre pais, homossexualidade, drogas, entre outros.
O dinheiro: geralmente causa conflitos quando a briga por ele, por exemplo quando falece algum integrante da família e tem que se fazer a partilha, principalmente em famílias onde não há diálogo e a ganância predomina os problemas são grandes, de brigas até a morte.

Ciúmes entre irmãos: o conflito familiar entre irmãos tem as suas origens na infância. O pai gosta mais de um do que de outro. A mãe aprecia mais o outro do que o um, e por ai vai. Há filhos que não sentem, mas normalmente ressentem-se pela vida afora. E a qualquer discussão a briga se instala e acusações fortes são feitas entre ambos.

Entre pais: acontece em várias situações, dentre elas a separação entre o casal. A briga se instala sendo os filhos o motivo, a briga pela guarda, um começa a insultar o outro perante os filhos deixando estes confusos quanto a quem está falando a verdade.

Homossexualidade: os conflitos geralmente começam quando é descoberto que o filho (a) está convivendo com alguém do mesmo sexo. Por vezes os familiares não apóiam e recriminam tal situação.

Drogas: Quando os familiares percebem que o filho (a) é usuário de drogas o caos se instala, muitas vezes os pais ficam desesperados, tentam tirá-los de qualquer forma do vício e daí surgem vários conflitos.

Os conflitos familiares são extremamente dolorosos e deixam as suas marcas. O grande e crucial problema é que muitas pessoas não sabem como resolvê-los. Por vezes as tragédias ou dores reaproximam os adversários, mas jamais as relações serão as mesmas, ficará no ar a mágoa e a dor. Permanecerá a desconfiança de que quem aprontou uma vez, fará de novo. Portanto, volto a ressaltar que o diálogo ainda é a melhor forma de tentar resolver pendências, acordos e desacordos. Caso não resolva mesmo assim, procure ajuda de um profissional, o psicólogo de família (Sistêmico), ele ajudará nas mediações entre familiares que talvez sozinhos não resolvessem amistosamente.